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Cemitério dos Cativos

Bossoroca, RS, 97850-000, Brasil

Cemitério dos Cativos
Atração turística
4.5
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Orientações de direção
65X7+6X Bossoroca, Rio Grande do Sul, Brasil
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João Batista Silva de Castro
João Batista Silva de Castro2 anos atrás
O lugar fica a uns 7km da cidade com acesso por estrada de chão. O interessante é a história desse lugar:  Certa feita, pelos idos de 1840, havia pelos campos da Bossoroca um poderoso estancieiro chamado Barrios, dono de grandes terras. Tinha consigo um coração endurecido, só fazia o que lhe agradava, o que era sua vontade e trazia a justiça em suas mãos. Com toda a flexibilidade e injustiça de quem se acha dono da verdade. Proprietário de muitos escravos, de poucos amigos, mantinha a distância e o poder como marca em tudo o que fazia.
Certa feita, na construção de uma taipa, uma mangueira de pedra, juntaram-se dois grandes grupos de escravos a carregar pedras. As crianças, que não conhecem cor entre os homens, brincavam, correndo por todo o lado, alegrando e colocando poucos sorrisos nos escravos que trabalhavam carregando pedras de um lado para outro. Entre elas estava um menino branco, enteado de José Fugante, lindeiro do coronel que se envolveu em um acidente entre as pedras vindo a sofrer um sério ferimento. Os escravos rapidamente acudiram-no, mas o menino veio a falecer horas depois.
O Coronel Barrios ficou irado, pois não tinha como pagar indenização a sua vizinha, por um branco, por um filho. Chamou o capataz, mandou degolar os três escravos que tentaram amparar o guri. Decepando a cabeça de um, colocou-a em frente a senzala, para que as crianças nunca mais esquecessem e não brincassem juntas.
Ver aquela injustiça estaqueada na porta abriu todas as mágoas de uma vida de escravidão. Todos sofreram pelo menino acidentado, mas ver os que ajudaram serem mortos com tamanha brutalidade acirrou os ânimos. Asirou-lhes os animos, e os olhos negros cegaram-se de ira.
Dias depois, quando o estancieiro deitou-se junto a uma árvore para sestear, os escravos se combinaram: prenderam o capataz, e depois, com paus e pedras, mataram o fazendeiro Barrios, que não pode nem reagir. Morreu numa avalanche de tudo o que semeou.
O vizinho, que era padrasto do menino falecido, ao retornar de uma carreteada e saber do ocorrido, balançou a cabeça em um suspiro cansado: “Não se conserta um erro com outro”.
Este padrasto, senhor José Fugante, tinha por seus escravos outro tipo de tratamento e sentimento. E fez um pedido a seus familiares: que quando parasse de tropear neste mundo, gostaria que seu corpo fosse colocado junto aos escravos. Assim foi feito, ficando conhecido como o Cemitério dos Cativos
Regiane Moskala
Regiane Moskala2 anos atrás
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